O governo avalia que não há expectativa de queda significativa do preço da soja no mercado internacional mesmo que haja uma supersafra mundial da commodity a ponto de alterar o “elevado patamar de preço do biodiesel”, disse o Ministério de Minas e Energia nesta quinta-feira, ao justificar novamente sua decisão de reduzir a mistura do biocombustível prevista para 2022.

Segundo Guilherme Esquelbek, analista da Correparti Corretora, investidores estão “tentando avaliar a real gravidade da nova cepa” do coronavírus, uma vez que, até o momento, seus pacientes têm “apresentado sintomas leves”. Ainda não há mortes confirmadas pela variante recém-descoberta da Covid-19.

Nesse sentido, o analista afirmou que acredita que a PEC impulsionou a alta do mercado hoje, no entanto, destacou o problema em estender a decisão em relação a PEC. “O problema é que quanto mais prolongar essa questão, mais incerteza paira pelo ar em relação aos gastos públicos para o ano que vem, em relação ao orçamento”.

“A gente está olhando para além do ano que vem. Temos uma visão de mais longo prazo”, adicionou. “Abertura de capital é uma via de crescimento para qualquer empresa no Brasil e a gente não é diferente, mas não temos nada planejado por enquanto”, declarou.

Os futuros do petróleo reconstruíram a alta no final do dia, mas a combinação de incerteza em torno da variante Ômicron, esforços dos governos para conter a maré de novas infecções e expectativas de mais oferta manteve os traders em alerta.

A nova cepa tem assustado os mercados por cerca de uma semana, atingindo ações relacionadas a viagens de maneira particularmente forte, já que várias novas restrições a circulação de pessoas foram adotadas em todo o mundo. As empresas do setor, porém, se recuperaram nesta quinta-feira.

Na véspera, integrantes da indústria de biodiesel e da soja afirmaram não terem se rendido à decisão governamental e disseram que acreditavam em uma reversão da medida assim que o presidente Jair Bolsonaro tivesse todas as informações sobre os custos e prejuízos.

Os licenciamentos de carros, comerciais leves, caminhões e ônibus no Brasil em novembro caíram 23,1% ante mesmo período do ano passado, para 173 mil unidades, informou nesta quinta-feira a associação de concessionários Fenabrave.

Perto de ser formalizada pelo governo, a operação financeira deve seguir os moldes do financiamento contratado pelo setor elétrico no ano passado para fazer frente aos impactos da pandemia.

No exterior, moedas correlacionadas a matérias-primas, como dólar canadense, peso mexicano, peso colombiano e peso chileno, apreciavam, enquanto um índice de commodities subia 0,5%.

Confira a análise na íntegra:

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